quinta-feira, 31 de julho de 2008

Acostume-se com isso

A Humanidade inventou Deus. A Madonna inventou o sexo. Já o amor romântico, da forma como conhecemos foi inventado por Shakespeare lá pelo século XVI, chegou em terras tupiniquins através de livros que, convenhamos, nunca foram os favoritos da nação, e lá pelos anos 80 foi digerido pela população com a ajuda do Kid Abelha. Existem opiniões controversas sobre a função dele.
Na segunda temporada de “Six Feet Under” podemos ouvir em claro e bom som a Brenda definindo o amor, diz ela: “... A merda, a carência e a feiúra.
Na minha opinião o amor funciona como uma ditadura que te guia a forma mais medíocre de você mesmo, claro que ao ler isso lhe vem a cabeça, “puta cara mal amado”, o que de fato não nego ser. Mas perceba quantas noites perdeste em claro pensando naquela pessoa que nunca chegou a saber seu nome. Lembrou dela né? Sabia!
O que me vem a cabeça, sempre é algo que te prende em limites imaginários, antes era livre agora prende-se a um perímetro igual a 2 metros de um corpo que em tese não lhe pertence.
E pensando por outro lado, amor acaba, demorei pra aprender, demorei pra acreditar e mais um bom bocado pra aceitar, mas é um fato da vida. É uma convenção (o amor, não seu termino.).
De fato as pessoas fazem você acreditar em pequenos ritos de passagem, quase medievais, que te conectam com uma vida normal, novamente medíocre, em nossa sociedade posso enxergar no mínimo 5. O sexo, o porre, o primeiro carro, o primeiro filho e por último o primeiro amor. Funciona como uma segregação, cruel e inevitável, quantas vezes já não ouviu o grito mais inconveniente de todos “...VIRGEM”? Aliás quantas vezes você mesmo já não gritou? A função desse parágrafo é mostrar como a idéia do amor romântico afeta nossa vida, do começo ao fim. E de fato, o primeiro a se incomodar com esses ritos de passagem, somos nós, isso porque somos egoístas demais pra nos importarmos. Esqueça o orgulho, a pena e a humilhação, ninguém se importa com você, e acostume-se com isso.

Um comentário:

Anônimo disse...

nossa, Vini!

adorei seu modo de escrever!

é um ponto de vista respeitável esse seu sobre o amor... talvez um dia eu escreva um texto sobre isso, você me inspirou, hahaha!

mas não se esqueça que, mesmo que acabe, o amor é um sentimento que vale a pena o risco conseqüente (dor etc etc etc).


beijos querido!