Não seja.

Primeiramente pedirei desculpas, pareço ter me tornado uma dessas pessoas entediantes, uma nota, meu assunto no último post remetia a Shakespeare, assim como o dessa semana. Logo explico.
Ando me sentindo feio, não que já tenha me sentido bonito, mas essa semana, especialmente feio. E convivo com as críticas. Um tempo atrás fiz um regime q até me levou a desmaiar, e tinha que escutar as pessoas dizendo: “Menino para de loucura você tá parecendo um esqueleto”, e mamis dizia: “Credo, ta parecendo um doente”. O que ninguém nunca entendeu ou ao menos chegou a perguntar era minha opinião. E me irrita. Muito provavelmente essa pessoa não faz a menor idéia do que é se sentir mal na própria pele.
Mas não falemos sobre isso. Blog não é analista.
Enfim, fiquei sabendo o que sr. Hamlet disse sobre sua “amada”, algo sobre não importar quanto se pinte, terminara como uma caveira. Acho cruel.
Já não basta o temor do tempo, tenho 19 anos, não temo a morte, mas temo a pele murcha.
Sei que é inevitável, mas mesmo Hamlet duvidou:

“Ser? Ou não ser? Eis a questão”.

Na minha humilde opinião obviamente referia-se ele ao velho discurso sobre seu papel naquela trama, tinha ele o destino em mãos, e no final das contas todos sabemos que ele fez, não só aquilo que era esperado dele, mas também aquilo que todos queríamos ver.
E se até ele pode questionar, porque não eu, ou sua amada. Isso me cheira a hipocrisia.
É claro que não poderei evitar as rugas (a não ser que morre daqui a uns 5 ou 6 anos, mas não é exatamente algo que possa eu escolher), declaro uma guerra que já está perdida, mas ao menos posso tentar, e se não vencer essa guerra, pelo menos o prêmio sobre a pior metáfora do ano eu venci.
Não conheço mais ninguém que esteja tão preocupado com isso aos 19 anos recém completados, talvez eu esteja mesmo é preocupado com meu peso. Traumatizado pra falar a verdade.
Já estou me sentindo menos traquilo, mas ao menos 1 quilos mais leve depois do desabafo, e, pra mim pelo menos, é o que conta no final do dia.